Scarlet Johansson é a capa de maio da revista Cosmopolitan e, apesar de surpreender com o decote que você vê na foto acima, ela mostra muito mais do que beleza. A atriz também tem opiniões fortes e um discurso importante que protege até a saúde da mulher. Quando perguntada sobre o corte de orçamento que o programa Planned Parenthood sofreu nos Estados Unidos, Scarlet é sincera e admite que já precisou usar alguns serviços do projeto, que assegura uma série de questões sobre gravidez e doenças predominantemente femininas. - Existem países em guerra, terrorismo, perigos globais e, então, dizem Vamos cortar o orçamento do Planned Parenthood. Vamos tirar a iniciativa das mulheres de cuidar de sua saúde. É loucura. Estamos falando de prevenir o câncer de mama. Eu já tive que usar os serviços da PP. Não só eu, mas todas as minhas amigas - não apenas para uso de anticoncepcional, mas para exames de mama e Papanicolau. Você lê sobre aborto, mulheres que se machucam e adolescentes que vão procurar ajuda em condições perigosas, e para quê? Nós estamos indo para trás e deveríamos estar um passo adiante, desabafa.

Ela também fala sobre o machismo e sobre a desigualdade que existe dentro da indústria cinematográfica: - É estranho eu falar sobre isso, ao menos que envolva uma situação mais generalizada... Eu sou muito favorecida, eu realmente vivo muito bem, e tenho orgulho de ser uma atriz que faz tanto dinheiro quanto meus colegas homens neste ponto. Eu acho que toda mulher já passou por aquela situação de receber menos do que um homem, mas ao menos que eu esteja falando sobre algo maior, eu não posso falar sobre minha própria experiência, é um pouco ofensivo. Faz parte de uma conversa maior sobre o feminismo no geral, confessa, alegando que não pode falar sobre algo que não tenha vivência.

E a atriz já passou por momentos bem difíceis na vida e já ficou de coração partido: - Há muito, muito tempo, eu tinha alguém em minha vida que estava sempre indisponível... Mas era uma indisponibilidade tão atrativa. Você tem que chegar ao seu ponto principal... O fundo do poço é aquele momento em que você percebe que perdeu você mesma. Por que eu estou sentada na calçada deste bar uma e meia da manhã no celular enquanto meus amigos estão lá dentro? Ou por que estou pegando um táxi para vê-lo na pior hora possível? Esta não sou eu. Este é o momento em que você deve parar. Senão isso vai acabar voltando para você, como se estivesse sugando seu sangue, conclui. Ainda bem que ela conseguiu se livrar disso, não é mesmo?